quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Tudo novo de novo

Então... Me mudei, né. Agora moro meio que sozinha (digo 'meio' pois estou dividindo com uma amiga). Coisa boa, claro, estou curtindo bastante a casa nova. Saí da Zona Norte e fui para a Zona Sul. Faz um mês e pouco isso, tempo suficiente para entender a nova vizinhança, mas ainda não o bastante para não estranhar. Ok, a Zona Norte não é uma maravilha. Por exemplo, eu acordava todo dia com o carro de som do sacolão. E detalhe: ele tocava 'Rehab', da Amy CasaDoVinho. Agora me explica: frutas, legumes e Amy CasaDoVinho juntos... Como pode? Enfim, continuando... Tinha também os cachaceiros que ficavam bebendo na carrocinha de cachorro-quente que ficava estrategicamente parada debaixo da minha janela. Era um inferno. Negócio de acordar de madrugada para pedir silêncio aos vizinhos. E a parte prática do dia a dia também conta: Zona Norte é um lugar meio longe das coisas, né? Tipo essa coisa de sair à noite. Poxa, o que tem de taxista com dinheiro meu por aí não está no gibi! Mas não posso também reclamar muito não: nasci na Zona Norte e fui criada por lá, sempre. Conheço aquela coisa toda lá de Méier, Cachambi, Engenho Novo... Tudo como a palma da minha mão. E falo mais: tem coisas bem bacanas por lá! Gente mais prestativa, lojas mais baratas (onde na Zona Sul consegue-se comprar uma blusa por R$ 2,99?!)...
Não, não me arrependo de ter me mudado. E não, não estou dizendo que a Zona Sul é ruim. Pelo contrário: faz-se tudo a pé, tem ônibus para tudo que é lugar, em 15 minutos estou no Centro, estou perto dos lugares que gosto de ir à noite... Fora que no meu quarteirão eu tenho: farmácia, C&A, lanchonete, padaria, boteco... Mas nem tudo são flores! E por lá, na Zona Sul, parece até que as poucas flores que aparecem são de plástico. Noutro dia, a caminho do trabalho, me dei conta de uma das piores coisas de se morar perto da praia: a convivência com pessoas com roupa de banho. Nossa... Me irritei. Eu lá, no ponto do ônibus, debaixo de um sol absurdo, dou de cara com um cara de sunga (preta, pelo menos). Gosto disso não. Depois daquele dia comecei a reparar: é uma coisa comum. E as velhinhas de maiô que andam apenas com um roupão por cima. Ah, gente, pelo amor de Deus... Tem ainda as velhinhas que não sabem por onde andam. Saca aquele clipe do The Verve que o carinha toma uma reta e sai andando direto, numa de 'foda-se todo mundo'? Então, é mais ou menos isso que acontece na Zona Sul.
Resumindo: estou feliz da vida na casa nova. Tudo tão diferente, tão bom, tão divertido... Mas ainda estranho algumas coisas. Aos poucos vou colocando no papel. Ou melhor: aos poucos vou digitando e colocando nesse negócio aqui de blog.